Análise do Legado de Hogwarts:
O Avalanche Software oferece a melhor experiência de “estudante” no Mundo Mágico: o sonho ganha vida.
Não é fácil escrever sobre o Legado de Hogwarts. Não pelas razões polêmicas que você pode imaginar que não caberiam aqui; não é porque é um jogo grande e surpreendente, sempre pronto para fascinar mesmo depois de quarenta horas – quando você está convencido de que explorou todas as facetas dele e não o fez, aí está, pronto para lhe oferecer mais um detalhe, prova do cuidado, da pesquisa e do empenho dos promotores em dar vida a um dos projetos mais ambiciosos e igualmente esperados não deste ano mas, pelo menos, dos últimos dez.
Porque quem cresceu com Harry Potter nunca se contentou com os videojogos tie-in publicados na altura, tal como não bastavam as re-proposições numa chave LEGO: cientes de que uma carta de Hogwarts nunca nos chegaria, quis fazer parte daquele mundo de uma forma mais pessoal, sem refazer os passos de quem nos apresentou esse mesmo mundo. Demorou anos, mas, no final, a Avalanche Software tornou esse sonho realidade.
Acima de tudo, conseguiu oferecer provavelmente a melhor representação do universo narrativo criado por JK Rowling: ampliou, enriqueceu, encontrou compromissos, moldou uma história inédita que nos dá outro ponto de vista sobre o Mundo Mágico um século antes do início do épico de Harry Potter.
Uma verdadeira homenagem aos fãs, que entre as dobras de uma realidade espelhada do nosso trouxa encontrarão as mesmas emoções de há já muitos anos, embelezadas por um notável trabalho de reconstrução e ampliação, se pensarmos que se “limita” a Hogwarts e os arredores estéreis das terras altas.
Como você deve ter entendido apenas pela votação da capa, esta é uma crítica positiva. Acima de tudo, porém, será a história de uma viagem graças à qual reencontrei uma paixão que estava adormecida há muito tempo – bem antes, aliás, da saga do filme terminar.
Surpreendi-me sorrindo diante da tapeçaria de Barnabé, o Sugador, lembrando-me dessa parte nos livros, ou olhando com alguma curiosidade o polvo no lago que sobrevoava com minha fiel vassoura, ou acenando com convicção (e até pouco orgulhoso) quando o hipogrifo me aceitou: todos os legados de um mundo que, por mais que eu tenha crescido e me distanciado dele, ainda está dentro de mim e surgiu graças ao trabalho meticuloso da Avalanche Software.
Haveria tanto a dizer que duas revisões provavelmente não seriam suficientes, mas você tem que começar de algum lugar – e chegar lá, porque haverá um ponto. Portanto, jure solenemente que não tem boas intenções e prepare-se para descobrir toda a magia do Legado de Hogwarts.
VEJA REVIEW NO VÍDEO.
O Legado de Hogwarts é, sem dúvida, a melhor versão do Mundo Mágico que poderíamos desejar. Uma demonstração do cuidado, amor, comprometimento e conhecimento dos desenvolvedores para com esse rico universo narrativo e sempre aberto ao aprofundamento.
Hogwarts por si só é um micromundo cheio de segredos a serem revelados, aos quais todo o resto se soma. Avalanche Software criou, embora com algumas imperfeições aqui e ali, o equilíbrio certo entre história e jogabilidade, aprimorando a interação com o mundo do jogo.
A exploração recompensa muito mais do que a força bruta. Para ser uma aventura escolar, duvido que pudéssemos ter feito mais em termos de renderização e atmosfera: se esta é a estreia no mundo “custom” de Harry Potter.
O Mundo Mágico na ponta da varinha, para um jogo que homenageia perfeitamente, expande e enriquece o material original.
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[…] não existe um mundo mágico que capture o coração e a alma do universo Potter como Hogwarts Legacy. Dele Então na verdade, é ideal que o jogo em si seja uma bênção para o fenômeno literário […]