Werewolf: The Apocalypse/Heart of the Forest Review

by Marcos Paulo Vilela

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🙂 Werewolf: The Apocalypse – Heart of the Forest Analise/Review

Depois de vários anos de ausência, o Mundo das Trevas se prepara para retornar como protagonista no mundo dos videogames, com o tão esperado Vampire: The Masquerade – Bloodlines 2, sequência do culto criado em 2004 pela Troika Games, e com Werewolf: The Apocalypse – Earthblood, outro RPG no qual, porém, assumiremos o papel de outra criatura da noite, um lobisomem.

Os dois jogos de RPG que deveriam aparecer em nossas telas nos últimos meses foram adiados para 2021 e, portanto, pelo menos por enquanto, aqueles que desejam retornar ao mundo sombrio criado pelas canetas de White Wolf terão esperar um pouco mais… ou dar uma olhada em algumas produções menores e descaradamente “indie”, como o recente Werewolf: The Apocalypse – Heart of the Forest, um romance visual criado pela equipe polonesa de Different Tales que serve como uma introdução a este cenário selvagem habitado por lobos, lobisomens e outras ameaças sobrenaturais.

  • Data de lançamento inicial: 28 de agosto de 2020
  • Desenvolvedores: Different Tales, Different Tales Sp. z o.o.
  • Estúdios: Different Tales, WalkaboutWalkabout Games Sp. z o.o.
  • Prêmios: Polityka Passport Award for Digital Culture
  • Indicações: Polityka Passport Award for Digital Culture
  • Gêneros: Jogo eletrônico de aventura, Romance visual, Jogo eletrônico independente, RPG eletrônico de ação

O chamado da natureza.

Werewolf: The Apocalypse/Heart of the Forest Review

Uma operação semelhante ao que vimos no ano passado com Vampire: The Masquerade – Coteries of New York, que em vez disso foi projetado para se reaclimatar com as intrigas das cortes de vampiros, e de fato as semelhanças entre as duas produções não são poucas, começando pelo origem geográfica dos desenvolvedores, ambos sediados na Polônia, mas sobretudo na fórmula do jogo: Heart of the Forest também é uma visual novel que foca exclusivamente na narração, apresentando sua história com amplo uso de textos e diálogos, em que o jogador pode intervir e influenciar o andamento dos jogos com suas decisões.

Em vez disso, o cenário muda, passando da Big Apple e seus cenários urbanos para paisagens decididamente mais selvagens e não contaminadas. 

A protagonista é Maia, uma jovem americana de origem polonesa que, movida por alguns sonhos recorrentes e misteriosos que não param de atormentá-la, decide retornar à terra de seus ancestrais para investigar o passado de sua família; uma viagem que a leva dos Estados Unidos à Polónia, rumo à grande floresta de Białowieża, antiga, imponente a ponto de parecer quase interminável mas que, como descobriremos em breve, não está a salvo de interferências externas, devido a algumas operações de desflorestação não também leis que ameaçam contaminar seu ecossistema único e que, entre outras coisas, lembram cenas que realmente aconteceram alguns anos atrás.

Maia, que desde criança ouvia em sonhos o apelo da floresta, decide assim acrescentar à lista dos seus objectivos o de investigar o assunto e acabar com a exploração madeireira com todos os meios ao seu alcance…meios que até podem incluem habilidades fora do comum, já que o título e a ambientação escolhida deixam claro desde já que estaremos lidando com lobisomens e o mundo sobrenatural. 

De qualquer forma, caberá ao jogador escolher a melhor forma de usar as habilidades da garota e qual caminho seguir, se busca uma solução pacífica que evite um conflito entre as partes envolvidas ou se, em vez disso, abandona-se à raiva e fica guiado pelo instinto.

Werewolf: The Apocalypse/Heart of the Forest Review

Escolhas e consequências

Resumindo, a jogabilidade é, portanto, decididamente mínima e basicamente confinada às escolhas que teremos que fazer nos diálogos, escolhas que em todo caso têm um certo impacto no desenvolvimento do jogo, modificando nossas relações com os outros personagens. e mesmo mudando, pelo menos em parte, a história de Maia e da Floresta Białowieża. 

Restam algumas passagens obrigatórias, pelas quais todos os jogos passam, mas de qualquer forma existem vários epílogos e também conteúdos que só podem ser descobertos repetindo a aventura desde o início e se comportando de maneira diferente, elemento que, portanto, joga a favor da rejogabilidade de Heart da Floresta.

Há também um leve elemento de RPG (e não é uma surpresa, já que é um videogame baseado no Mundo das Trevas), pois nossas escolhas também influenciam a personalidade e as habilidades de nosso protagonista, que pode ser mais reflexivo, impulsivo, calmos, corajosos ou raivosos, dependendo de como decidimos enfrentar a aventura.

A forma como desenvolvemos os nossos talentos Maia pode abrir-nos novas portas, ou fechar-nos outras , e por vezes até obrigar-nos a seguir caminhos que não queremos ou a fazer escolhas das quais nos podemos arrepender, o que facilmente acontece se nos permitirmos sermos dominados pela nossa raiva, que em termos de jogabilidade é representada por uma barra que se enche (ou esvazia) com base nas nossas ações. 

Tentar manter afastado esse lado selvagem do protagonista pode parecer a melhor escolha, mas deixar-se guiar pelo instinto também pode ter suas vantagens; cabe ao jogador decidir o que melhor se encaixa em seu plano e, então, arcar com as consequências de suas ações.

Werewolf: The Apocalypse/Heart of the Forest Review

Narrativamente falho

Infelizmente, porém, a história, embora se baseie em fatos reais e que talvez tenham um significado particular para quem vive nessas áreas, não marca tanto quanto eu pessoalmente esperava. 

A premissa é certamente interessante e também atual, se pensarmos na importância que os temas “naturalistas” têm no mundo de hoje, também podemos ver potencial, mas ao mesmo tempo o enredo não tem o impacto que um jogo tão primorosamente narrativo teria. precisa realmente se destacar.

Comparativamente com os já referidos Coteries de Nova Iorque, também se sente um pouco a ausência de um elenco significativo para nos acompanhar durante os acontecimentos: não que falte personagens com quem interagir, o problema é que nenhum destes é particularmente memorável.

Convém ainda dizer algumas palavras sobre a direção artística e a música, que são bastante precisas e conseguem criar uma atmosfera fascinante, acompanhando-nos eficazmente nesta pequena e curta viagem. 

Certamente a natureza de baixo orçamento da produção é evidente na completa ausência de dublagem e na fraca longevidade (porém ampliada por uma rejogabilidade mais do que justa); nada inesperado para este tipo de produto, no entanto.

Werewolf: The Apocalypse/Heart of the Forest Review

Conclusão.

Werewolf: The Apocalypse – Heart of the Forest é uma viagem curta e por vezes intrigante ao Mundo das Trevas, que se afasta dos cenários urbanos dominados por vampiros já vistos em diversas ocasiões para se deslocar para paisagens muito diferentes e fascinantes à sua maneira.

Infelizmente, apesar de algumas ideias interessantes, a narrativa não consegue convencer totalmente e por isso não é fácil recomendar esta aventura a quem não seja um grande fã deste tipo de história. NOTA 6,5

Uma visual novel com potencial e em que as escolhas feitas têm peso na mudança do desenrolar dos acontecimentos, mas que precisaria de uma história mais rica e envolvente para poder emergir.

 

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